Foto: Edredom Dupla Face Animais Rosa Fisher-Price, Incomfral.
Estamos acostumados a consumir produtos para nossos filhos diretamente das marcas e, muitas vezes, sem conhecer os processos que tornam as peças diferenciadas e seguras para o dia-a-dia das crianças.
Para falar a respeito do segmento, convidamos a Gerente de Produto e Desenvolvimento da empresa Incomfral, Maria Isabel Fonseca. A Incomfral é uma das maiores indústrias têxtis totalmente verticalizada e especializada em enxovais de bebês, sediada na cidade de Itaúna (MG).
Foto: Maria Isabel Fonseca, acervo pessoal.
Maria Isabel cursou Design de Moda na primeira turma da Universidade FUMEC (MG), onde foi aluna do idealizador do nosso site Versi Têxtil, Ney Róblis, na matéria de Tecnologia Têxtil. Nesse mesmo período, a designer iniciou suas atividades dentro do setor têxtil, aos 18 anos, como estagiária e nunca mais saiu do segmento. "É transformador, dinâmico e divertido", diz Maria Isabel.
Quando você descobriu seu interesse por criação e desenvolvimento?
Meu potencial criativo sempre foi muito pulsante desde criança, inicialmente comecei a fazer comunicação e moda , mas em poucos meses me encontrei no mercado têxtil e acabei optando pelo desenvolvimento tão envolvente que é a cadeia da indústria da moda.
Quais são as primeiras etapas no processo de criação de um produto?
Pesquisa, idealização, análise de viabilidade, prototipagem, viabilidade comercial e lançamento. Como trabalhamos com enxoval de bebês, cama e banho, eventualmente fazemos alguns testes de validação de mercado, mas de modo geral é um ciclo rápido.
Foto: Toalha Estampada com Capuz e Forro de Fralda Unicórnio Baby Joy, Incomfral.
Quais são os maiores desafios encontrados durante todas as etapas?
Como gerente de Produto e Desenvolvimento, que sempre quer algo a mais da indústria, muitas vezes é complicado conseguir paradas de máquinas para testes porque as validações industriais só podem ser feitas de forma escalonada. Não é possível prejudicar a linha de produção e o faturamento para desenvolver testes.
Qual o diferencial entre a indústria têxtil voltada para cama/banho para bebês para as demais têxteis?
Não vejo grandes diferenças. O segmento “CAMEBA” (cama-mesa-banho) tem sim suas super máquinas que ajudam na automação, é claro, até por conta da escala e do volume. Mas costurar, de modo geral, é um processo que exige disciplina, organização e muito planejamento. Isso não muda. Tem que ter um time de gestores muito unidos e capacitados, além de um chão de fábrica atento e caprichoso. O resto é carinho com o produto final, como em qualquer confecção.
Foto: Porta Bebê Dupla Face Mescla Baby Joy Essence, Incomfral.
Trabalhar no topo da cadeia têxtil é um benefício para compreender as necessidades do mercado?
A Incomfral está em todas as etapas da cadeia. Aqui vemos a mágica orquestrada da entrada do algodão em fardo e a saída do produto confeccionado. Fiação, tecelagem, acabamento com vários tipos de estamparia e por fim a confecção com toda a automação necessária para o nosso segmento que é produzido em grande escala. Temos vantagens e desvantagens de carregar esse “trem de muitos vagões”, mas de modo geral o resultado tem sido satisfatório ao longo desses 42 anos de existência.
Quanto as inovações e tecnologia, o que podemos esperar do segmento?
Produtos cada vez mais preocupados com a segurança e bem estar dos bebês, tecidos térmicos e o algodão, é claro, que é a matéria prima mais adequada ao conforto dos pequenos, por ser respirável, antialérgico e o mais pertinente ao nosso clima tropical.
Conheça o trabalho desenvolvido pela Maria Isabel acessando o site oficial da Incomfral clicando aqui!
Comentarios