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Por que ainda amamos os anos 90?

A moda anos 90 ainda é uma influência marcante na moda contemporânea, mesmo para as gerações que não viverem essa década. Mas o que nos leva a viver essa nostalgia?

Foto: Reprodução / Sex and the City, 1998.


Sabemos que todas as décadas anteriores aos anos 90 foram marcadas por mudanças sociais, políticas e econômicas. Durante os anos 70, por exemplo, os jovens romperam os costumes ensinados pelos seus pais para darem início a uma busca pela liberdade, quebrando as regras. Já nos anos 80, o rock e o movimento punk trouxeram exageros na forma de se expressar e, consequentemente, na forma de se vestir. As ombreiras eram bem marcadas, as jaquetas bufantes e os cabelos armados, movimentando a ideia de uma luta artística contracultura.


Hoje, os anos 90 voltaram com tudo. A propensão da moda para olhar para trás transformou a década em uma de suas fontes mais proveitosas de inspiração e isso se deve a quantidade de estilos e tribos urbanas criadas na época para todos os tipos de gosto!


No meio da década, as glamazons deram lugar a um tipo de beleza mais identificável. Surgiu uma nova feminilidade meio largada, melhor personificada por Kate Moss. Um jeans e uma regata passaram a ser sinônimo de sensualidade, bem representados nas campanhas que envolviam grandes nomes como a supermodelo Linda Evangelista, conhecida na década por dizer que não saía da cama “por menos de US$ 10 mil por dia”.

Foto: Reprodução / Linda Evangelista, Vogue 90's.


O grunge também assumiu o comando e, em 1993, Marc Jacobs, então com 29 anos, colocou peças não estruturadas na passarela em um desfile da Perry Ellis que misturava vestidos da vovó, botinas Doc Martens e camisas xadrez. Ele foi muito criticado e, por fim, demitido da grife por isso. Mas a coleção se tornou um dos momentos mais importantes da moda na década, sem mencionar sua carreira.

Foto: Reprodução / Coleção grunge Marc Jacobs, 1993.


Para uma geração de adolescentes criados na MTV e na vida fictícia de colegas adolescentes (assistindo "Barrados no Baile" e "Um Maluco no Pedaço", para citar só duas séries), a moda passou a ser definida como uma mistura de modelagens e estilos: casacos retos do tipo duster, minissaias xadrez, botas até o joelho, cardigãs desleixados, jeans rasgados e bonés com aba virada para trás. Bandas como Nirvana ditavam tendências informais sem nenhuma pretensão.


Além do grunge, o estilo It Girl surgiu com a estreia da série Friends. A sitcom propriamente dita dá exemplos fundamentais da moda nos meados e final dos anos 90, com Jennifer Aniston de Rachel liderando o grupo de amigas. Sarah Jessica Parker, dentro e fora de Sex and the City, da HBO, Alicia Silverstone, como a popular garota rica Cher Horowitz em As Patricinhas de Beverly Hills, Naomi Campbell e Tyra Banks também ajudaram a estabelecer nossos padrões de estilo.

Foto: Reprodução / As Patricinhas de Beverly Hills, 1995.


Enquanto isso, os homens eram meditativos — lembre-se de Jared Leto, Brad Pitt, Johnny Depp — e com visual desgrenhado. Eles usavam roupas casuais, com uma propensão para jaquetas de couro, camisetas brancas e alfaiataria mínima.


À medida que a década terminava, a moda de celebridades deu uma guinada para a ousadia: as bainhas ficaram mais curtas, as roupas mais chamativas e as calças se tornaram cada vez mais baixas. Os anos 2000 estavam já virando a esquina, prontos para ditar seu próprio estilo.






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