A Nova Linguagem dos Uniformes e o Corporate Core: Conheça as Tendências de Comportamento do Momento.
- Anna Mattiello
- 10 de set.
- 2 min de leitura
De escritórios a passarelas, os uniformes deixam de ser sinônimo de padronização e ganham novas leituras que transitam entre sofisticação, nostalgia e rebeldia.

Desde sempre, o uniforme carrega um grande poder de posicionamento e linguagem estética . Nas escolas, ele cria identidade coletiva; no ambiente militar, transmite disciplina e hierarquia; no corporativo, traduz seriedade e coesão. Mas se antes sua função principal era padronizar, hoje o uniforme se reinventa esteticamente e ganha protagonismo na moda. O que antes era “obrigação” agora se torna “desejo”.
Do escritório para as ruas
Nas últimas temporadas, as passarelas traduziram o office wear em estilo cool: camisas sociais oversized usadas como vestidos, blazers retos em proporções exageradas, gravatas estilizadas como acessório fashion. O streetwear também mergulhou na estética uniforme, resgatando calças de corte reto, sapatos de trabalho e até carteiras colegiais como ícones de estilo.
Esse movimento dialoga com o chamado corporate core, uma tendência que revisita a rigidez do look executivo e o mistura ao despojamento contemporâneo. O resultado? Um uniforme reinventado, mais criativo e versátil, pronto para circular fora dos escritórios.
O uniforme como afirmação de identidade
Se por muito tempo vestir-se de forma igual a outros significava neutralizar a individualidade, hoje a lógica se inverteu. Figuras icônicas como Steve Jobs, Karl Lagerfeld e até criadores de conteúdo contemporâneos transformaram a repetição de peças em marca pessoal.
O uniforme, nesse contexto, não anula quem veste — pelo contrário, cria um código de estilo reconhecível, quase uma assinatura visual, afinal a ousadia em compor e propor novas versões de looks clássicos pode resultar em algo extremamente único. É a moda mostrando que consistência também pode ser poder.
Nostalgia colegial e cultura pop
As saias plissadas, camisas brancas, meias 3/4 e gravatinhas voltaram a ocupar editoriais e perfis de moda digitais. Muito além da nostalgia, a estética colegial conecta-se à juventude eterna, ao imaginário da cultura pop e à influência global do K-pop. Mas se antes eram símbolos de adolescência, hoje aparecem em combinações maduras e sofisticadas, misturadas com alfaiataria, tecidos nobres e styling ousado.
Mais do que uma releitura fashion, os uniformes funcionais também inspiram criadores. Jalecos, macacões industriais e até vestes religiosas já serviram de base para coleções conceituais. Ao serem transpostos para a moda, deixam de ser meramente utilitários e se tornam peças estéticas comtemplativos e interativas à sociedade.
Essa transição revela a força simbólica do uniforme: ele pode ser tanto o emblema da coletividade quanto um manifesto de singularidade.
O futuro dos uniformes
Em empresas contemporâneas, os uniformes corporativos passam por uma transformação silenciosa, mas totalmente perceptível. A rigidez dá espaço ao conforto, a estética minimalista se une a valores de diversidade e identidade que envolvem a própria empresa e os funcionários que o vestem. A moda, mais uma vez, acompanha a evolução do trabalho e da sociedade.
Se no passado o uniforme servia para padronizar e anular posicionamentos, hoje ele encontra novos sentidos: pode representar pertencimento, atitude ou simplesmente um ponto de partida para criar estilo. A nova linguagem dos uniformes talvez não seja só mais uma tendência de moda, mas o início significativo da mudança de posicionamento desta forte linguagem estética social.




















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