O motivo? Couro de Pirarucu e a redução do uso de plásticos.
Futurista e revolucionária são características da marca francesa Courrèges, criada por André Courrèges em 1961, um arquiteto que acabou se tornando estilista, trabalhando oito anos ao lado de Cristóbal Balenciaga.
A primeira coleção da Courrèges, Space Age (1964), foi um marco no mundo da moda. As silhuetas geométricas com recortes acima do joelho complementavam a ideia de uma roupa espacial fashion, as peças eram trabalhadas no branco e no prateado e sua matéria prima era o plástico.
Hoje sabemos que a coleção Space Age gerou um impacto ambiental tóxico e, reconhecendo os danos causados durante todos os anos anteriores, a marca se posicionou dizendo “O futuro depende do plástico se tornar obsoleto”.
Em 2018 a Courrèges lançou o projeto Fin Du Plastique, Fim do Plástico, onde cada lançamento de peça apresenta uma diminuição do uso do plástico em sua composição e, como em uma contagem regressiva, eles pretendem chegar no zero.
Onde o Brasil entra nessa história? Em parceria com o Instituto-E na Amazônia, a marca realizou pesquisas de materiais sustentáveis até encontrar o couro de Pirarucu. No desfile Primavera/Verão 2020, apresentada na semana de moda de Paris, a collab foi lançada e as referências futuristas continuaram sendo a ID da marca.
Além do uso do couro, Courrèges lançou uma linha de camisetas e moletons chamada Courrèges XI E, feitas a partir do algodão 100% orgânico.
“Enquanto a França é reconhecida pelo luxo, o Brasil deveria fazer o mesmo com a sustentabilidade”, disse Oskar Metsavaht, criador do Instituto-E.
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