Como a moda, ciência e tecnologia se aliaram para atuar também em prol da proteção, conforto, saúde e segurança no trabalho.
Os tecidos estão passando por uma transformação radical devido ao seu potencial para serem incorporados com a tecnologia. O mercado atual da moda não está somente voltado para mudanças estéticas, mas busca solucionar problemas do cotidiano.
A utilização das nanopartículas é um recurso que soluciona problemas e agrega valor aos artigos das indústrias têxteis, e podem ser aplicadas desde a fabricação, até nos acabamentos.
Os tecidos inteligentes são capazes de matar bactérias, minimizar ou acabar com um mal odor, liberar perfumes e cremes na pele, aplicar medicamentos, mudar de cor com a variação de temperatura, repelir sujeira, proteger da radiação UV, apresentar ação hidrofóbica, repelir óleos e gorduras, ser retardante de chamas, entre outros.
Nesse post você irá conhecer três tipos de tecidos inteligentes que utilizam nanopartículas em sua fabricação.
Exemplos envolvendo a produção de tecidos inteligentes por meio do emprego de nanopartículas:
1 – Tecidos retardantes de chamas
Os tecidos conhecidos por retardar chamas são muito importantes para a proteção, por exemplo, em uniformes utilizados pelo corpo de bombeiros. Os primeiros acabamentos desse tipo foram desenvolvidos durante a Segunda Guerra Mundial, porém, depois desse acontecimento, outros fatores influenciaram o desenvolvimento desses acabamentos, como a chegada do homem à Lua e a Guerra Fria.
O fator negativo desse método tradicional de acabamento se encontra nos materiais utilizados, que geram forte impacto ambiental.
Uma técnica atual para diminuir problemas ambientais é o uso de nanopartículas de sílica, em tecidos de algodão. Essas nanopartículas criam uma barreira física na fibra, diminuindo seu contato com o meio.
O algodão ao entrar em contato com o fogo causa menos danos do que as fibras sintéticas (que derrete sobre a pele provocando queimaduras graves). Porém, o algodão puro não retarda as chamas, portanto, seu uso sem acabamentos não é o ideal para práticas que possuem risco de fogo.
2 – Tecidos bactericidas
Nossas roupas são como barreiras, com elas nos sentimos seguros, mas vale lembrar que são um ambiente favorável para a proliferação de fungos e bactérias, na superfície do tecido ou sobre o nosso corpo, que podem causar danos tanto a nossa saúde, como às nossas roupas. Isso ocorre porque a umidade ou suor do nosso corpo, fica retida no tecido.
Nesse contexto, surgiram os tecidos que são capazes de eliminar ou impedir o desenvolvimento de microrganismos. Para esse tipo de tecido são utilizadas nanopartículas feitas de materiais inorgânicos, como: cobre, zinco, cobalto, ouro, dióxido de titânio, óxido de zinco e prata. Sem dúvida, o material mais utilizado e que merece destaque, é a prata.
Apesar de sua eficácia, o uso de nanopartículas de prata em tecidos e produtos hospitalares, no Brasil, ainda não foi aprovado pela Anvisa.
3 – Tecidos com proteção UV
Outra aplicação de tecidos no cotidiano são os feitos para proteção contra a radiação solar.
Nossas roupas sem nenhum acabamento específico não nos protegem do sol.
A exposição à radiação UV a longo prazo pode causar danos à nossa pele e aos tecidos de nossas roupas. Nesse contexto, um material de destaque na confecção desses tecidos são as nanopartículas de dióxido de titânio, conhecido por apresentar uma excelente atividade fotocatalítica, por ser biocompatível, não tóxico, apresentar propriedades microbianas, proteção UV, entre outras.
O uso desse acabamento vem sendo cada vez mais importante devido a nossa crescente preocupação com a radiação solar, dessa forma, os acabamentos com nanopartículas podem ser uma alternativa ecológica e menos tóxica.
A nanotecnologia vem se tornando uma ferramenta importante no desenvolvimento dos tecidos inteligentes.
A moda, não envolve somente a estética corporal, observamos nesse post que, juntamente com a química, ela pode também solucionar problemas do nosso cotidiano.
Descobrimos também, que a ciência, tecnologia e moda estão em um crescente avanço para novas descobertas. Esperamos, assim, ter instigado ainda mais a sua curiosidade sobre os nanomateriais.
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